quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tutankamon - Imagem Viva do Deus Amon

Tut-ankh-Amon - Imagem Viva do Deus Amon








Tutancâmon, ou Tutankhamon, Tutankamon ou melhor, Tut-ankh-Amon era um faraó da 18ª dinastia quase que desconhecido, cujo nome tinha sido riscado das listas reais. Morreu por volta de 19 anos de idade, em 1324 a.C.



Acredita-se que Nebkheperure Tutancaton tenha sido filho de Amenófis IV (Akhenaton) e sua esposa Neferneferuaten Nefertiti. Sabe-se com certeza que ele viveu no período amarniense, em que a capital do Egito foi transferida para Amarna e a religião adquiriu caráter monoteísta.


Por volta de nove anos de idade, Tutancâmon teve que começar a reinar um país poderoso e que havia acabado de sair de uma "revolução". O jovem menino era filho do espirituoso Akhenaton, sendo seu nome Tutancaton; depois que entrou no poder os sacerdotes de Amon obrigaram-no a reinstituir o politeísmo e mudar o nome para Tutancâmon. Era casado com sua irmã Ankhesenaton, que também mudou o nome para Ankhesenamon.

Eles se casaram muito jovens e as cenas e objetos encontrados na tumba mostram o casal em casa, caçando e pescando juntos, e há até cenas de carinho entre ambos.


Trono de ouro: uma das 5000 peças encontradas na tumba do faraó Tutancâmon



Envolta em mistério que se perpetua nos nossos dias, Ankhesenamon perde seu amado e fica a mercê de uma corte com fome de poder, pois a jovem rainha havia tido um aborto ( novas descobertas levam a crer de que se tratava de filhas gêmeas que nasceram mortas.) e não tivera mais filhos com Tutancâmon . Os dois pequenos fetos foram embalsamados e depositados na tumba do jovem pai faraó.


Ankhesenamon vendo sua posição real em perigo, escreveu uma carta ao rei Hitita Suppiluliuma, pedindo que enviasse um de seus filhos para que ela pudesse desposá-lo, tornando-o faraó do Egito.



A proposta era tentadora, mas como os Hititas sempre foram grandes rivais do Egito na Antiguidade, foi estranho que Ankhesenamon tomasse tal atitude, a não ser que estivesse realmente desesperada.



Segue abaixo trecho da carta encontrada em fragmentos de documentos Hititas:

Meu esposo está morto. Eu não tenho filhos. Ele dizem que vós tendes muitos filhos. Se puderes envia-me um de seus filhos e eu farei dele meu esposo."

O rei Suppiluliuma achou que a carta poderia ser algum tipo de truque. Porque a rainha do tão poderoso Egito estaria se curvando ao seu maior inimigo?


A rainha torna a escrever mais uma vez ao rei Hitita:

"Se eu tivesse um filho, acredita que eu estaria escrevendo a um rei de uma terra estrangeira? Aquele que foi meu esposo está morto. Eu não tenho filhos; não quero tomar nenhum de meus servos como meu marido. Eu escreví somente a seu país e a nenhum outro. Dizem que tendes vários filhos, então envia-me um deles e farei dele o rei do Egito."

Suppiluliuma finalmente confiou em Ankhesenamon . Enviou então seu quarto filho, Zannanza, para que desposasse a jovem egípicia. Sabe-se somente que o príncipe hitita tinha por volta de vinte e poucos anos, porém ele nunca chegou a terra do Egito. Seu pai recebeu uma carta após alguns dias de sua partida dizendo que Zannanza havia sido assassinado.

O que aconteceu depois?

Só sabemos que Ay, o Sumo-Sacerdote, sucedeu Tutancâmon como rei.

Após toda essa trama palaciana o que sabemos sobre a nossa rainha Ankhesenamon?


O que chegou até nós foi a figura da rainha nas poucas cenas na Tumba de Ay, o que sugere que ela se casou com ele realmente, apesar de Ay já possuir uma primeira esposa e ser como se fosse um servo para a rainha, como Ankhesenamon menciona na carta ao rei hitita.


E depois?



Bem, ela desaparece misteriosamente da história do Egito, não há inscrições em papiros ou em tumbas e templos da época... Nada.

Isso nos faz crer na hipótese de que ela tenha sido morta e que Ay a usou para chegar ao trono. Mas toda essa trama não lhe rendeu grandes resultados: o velho Ay morreu após três anos no poder. Após sua morte, ele foi substituído pelo chefe militar Horemheb, que, antes, fora General e Conselheiro de Tutancâmon. Ele usurpou os monumentos de Tutancâmon, dos quais raspou o nome do seu predecessor para colocar o seu. Após 26 anos de reinado, cedeu a seu vizir Ramsés I, pai de Set I, avô de Ramsés II.


AS TUMBAS


Os primeiros faraós haviam erguido sobre seus túmulos verdadeiras montanhas de pedra - as pirâmides - já que os egípcios acreditavam que era muito importante que o corpo descansasse em local especialmente preparado para esse fim. Também se tornava necessário fornecer à múmia tudo o que fosse necessário a sua viagem para o além, e no caso de personalidades poderosas ainda se colocavam ricos tesouros. Assim, a própria ostentação do monumento era a causa da sua perdição, pois se tornava alvo de saques e destruição.


No início da XVIII dinastia, não existia no Egito uma só tumba real que não tivesse sido violada, o que representava um problema para o faraó que desejasse planejar sua última morada. Por isso, Tutmés I (1545-1515 a.c.) resolveu recorrer à discrição. Para tanto escolheu um vale que possuía proteção natural com difícil acesso que ficou mais tarde conhecido como o Vale dos Reis.

Os faraós que ali procuravam sua vida eterna ficavam sob a proteção de uma montanha com a forma de pirâmide.

O primeiro túmulo foi escavado em rocha viva pelo arquiteto Ineni, que assim relatou sua tarefa nas paredes da capela funerária:

Supervisionei os trabalhos da tumba de Sua Majestade; só eu, ao resguardo de todos os olhares, ao resguardo de todos os ouvidos."

Esses trabalhos eram executados por um exército de trabalhadores que com suas famílias residiam numa vila ali perto criada, Der-el-Medina.


Tutmés lançara uma novo plano de habitação aos ricos monarcas de sua dinastia, bem como aos da XIX e os da XX, assim, foram todos enterrados nesse vale.





Decadência

A construção de túmulos secretos não salvou as múmias dos faraós da profanação, pois os ladrões adquiriram experiência e agiam depressa. Durante milênios, bandos organizados procuravam e encontravam os tesouros dos faraós. Portanto, quando no começo do século XIX os arqueólogos começaram as escavações científicas no Vale dos Reis, encontraram somente tumbas saqueadas.

Descoberto pelo arqueólogo inglês Howard Carter em 1922, o túmulo do faraó Tutankhamon é um dos maiores achados arqueológicos da história. A tumba em si não é grande, sendo composta de pequenas salas anexadas, mas a quantidade de artefatos encontrados é de valor inestimável. É a única do Vale dos Reis que ainda abriga a múmia do faraó. Desde a década de 80, no entanto, está fechada ao público.

CURIOSIDADES

Tutancâmon parece ter sido enterrado às pressas em local secreto. O pequeno túmulo, composto de um corredor e de três câmaras, cada uma do tamanho do quarto de um apartamento atual, estava tão atulhado de móveis e objetos de arte que Carter levou quase três anos para chegar à múmia.

Três equipes de peritos - egípcios, franceses e norte-americanos - reconstruíram modelos separados mas semelhantes de como seria o rosto do faraó utilizando imagens de tomografia computadorizada. Os franceses e os egípcios sabiam quem estavam recriando, mas a equipe dos Estados Unidos não foi informada de onde vinha o modelo do crânio analisado.

Modelo Reconstruído Busto de madeira encontrado na tumba

A múmia de Tutancâmon foi retirada da tumba em janeiro pela primeira vez desde sua descoberta, há mais de 80 anos. Um grupo de cientistas recebeu autorização para passar o faraó por uma sessão de tomografia computadorizada que ajudará a revelar alguns mistérios. Um deles é a causa de sua morte.

Alguns arqueólogos acreditam que Tutancâmon tenha sido assassinado porque objetos em sua tumba indicam que seu sepultamento foi feito às pressas. A tomografia poderia revelar sinais de um eventual golpe, por exemplo, além de ajudar a esclarecer a idade que ele tinha quando morreu (hoje estimada em 17 anos). Uma imagem de raio X tirada em 1969 mostrou fragmentos de ossos no crânio da múmia, mas não permitiu concluir se isso foi a causa da morte. A tomografia oferece nova esperança porque é mais precisa e é capaz de construir imagens tridimensionais.



A hipótese de assassinato surgiu pelo fato de Tutancâmon ter sido o último faraó da dinastia. Após sua morte, ele foi substituído pelo grande sacerdote Ay, e depois pelo chefe militar Horemheb que, após 26 anos de reinado, cedeu a seu vizir Ramsés I.

Em uma das cenas do mural que decora a câmara onde se encontra a tumba, uma das poucas pinturas encontradas no local, pode-se observar o sacerdote, que é identificado pelo uso da pele de animal, praticando o ritual da abertura da boca. Para os arqueólogos isso é bem incomum, pois esse ritual só era efetuado pelo herdeiro do trono.

O que é abertura da boca?


É um ritual que serve pra devolver os sentidos ao morto antes da sua viagem a outra vida... Que estranho,não? Mas a religião do antigo Egito tem os seus encantos.



A MALDIÇÃO DA TUMBA EXISTE ?



A maldição da tumba da múmia do faraó Tutancâmon, que supostamente teria matado muitas das pessoas envolvidas na abertura da tumba do faraó há 80 anos, é um mito.



O British Medical Journal descobriu que, ao contrário da lenda que se criou em torno da múmia de Tutancâmon, a maior parte dos presentes durante a abertura de sua tumba, em 1922, viveu por muito tempo.



"O mito foi quase que certamente gerado por jornais rivais que foram afastados da descoberta do século, quando direitos exclusivos foram dados ao The Times de Londres", afirmou o autor da pesquisa, Mark Nelson, da Universidade Monash, em Melbourne.



De acordo com o arqueólogo Howard Carter, que liderou a equipe que descobriu a câmara funerária, 25 pessoas estavam presentes quando a tumba foi aberta. Eles encontraram a múmia do faraó completa com uma máscara de ouro e um tesouro de artefatos de ouro.



A descoberta foi notícia em todo o mundo e fez a arqueologia virar notícia de capa pela primeira vez. Mas quando o patrocinador de Carter, Lord Carnarvon, morreu algumas semanas após a abertura da câmara, nasceu a lenda da maldição. O lord na verdade morreu em conseqüência de uma picada de mosquito e sua saúde nunca foi boa depois que sofreu um grave acidente de carro na Alemanha.

MESTRADO EM REIKI

FORMAÇÃO TERAPEUTICA 2012